Natal
Prefiro recordar os Natais passados em casa, as tardes de compras nas ruas da Baixa de Coimbra ou a Missa do Galo na Capela da Nossa Senhora da Alegria, no Ameal. Talvez isso seja uma boa forma de homenagear os meus pais, a minha aldeia (tão perto e tão longe de Coimbra) e, claro, Dickens.
O “meu” Natal é diferente. Não é melhor nem pior. Não é igual ao teu, de certeza. É feito de presépios e não de pinheiros.
É Natal de fogueiras que ardem três noites. De foguetes que desfazem o silêncio da meia-noite. A cinza é especiaria, o Pai Natal é apenas um gordo foleiro, come-se chanfana e filhós quentes, o sobro confunde-se com o eucalipto, uma noite sofre-se inteira. Não é igual ao teu (e, no entanto, é).
Parte de um texto de Francisco Curate publicado no Jornal de Notícias
Edit e sublinhado meus.
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