Ameal é freguesia do Concelho de Coimbra

9.22.2008

Inauguração da nova sede da Junta de Freguesia

A luta já vinha de trás, como admitiu Jorge Mendes. As dificuldades nunca deixaram a vontade passar-lhe à frente. Ontem, o que era um objectivo de sempre foi concretizado. Nas proximidades da Igreja de São Justo e da Escola Básica do 1.o Ciclo, a nova sede da Junta de Freguesia do Ameal, que correspondeu a um investimento total de 412 mil euros, foi inaugurada, com o povo presente em número elevado. «Bonita e multifacetada», encontra-se apta a servir a população, que, durante anos e anos, se habituou a deslocar-se a um espaço «inaceitável».Descerrada por Jorge Mendes e Carlos Encarnação, presidentes da Junta de Freguesia do Ameal e da Câmara Municipal de Coimbra, respectivamente, a placa alusiva ao acto de inauguração está num lugar bem visível, a exemplo do que acontece com o edifício de um piso, que sobressai num alterado espaço, «urbanisticamente bem planeado e conseguido», no gaveto entre a Rua da Fonte e a Rua Moura Relvas.
Um «pedaço» de um poema sobre o Ameal, escrito por João Rasteiro, poeta da freguesia e funcionário da autarquia de Coimbra, figura num lugar de relevo, a pedido de Carlos Encarnação. O poema está incluído no livro “O Búzio de Istambul”, que o autor ofereceu ao autarca, antes de uma viagem de trabalho deste ao Luxemburgo. «É um acto singular que quero que seja de homenagem ao povo do Ameal», explicou Encarnação.«Este é um momento carregado de muito simbolismo e emoção», referiu Jorge Mendes, que afirmou tratar-se do «culminar de muitos anos de querer, exigência e luta junto da Câmara Municipal de Coimbra», antes de reconhecer que «não foi fácil». «Andávamos a lutar por esta junta para satisfazer necessidades muito antigas. Tão antigas que valeram a pena agora que vimos o edifício que a Câmara Municipal de Coimbra ofereceu à Junta de Freguesia do Ameal», disse. Após agradecer à comissão da igreja, que emprestou as instalações onde a junta funcionou até ao dia de ontem, Jorge Mendes assumiu que a nova sede tem «a dimensão que vai satisfazer as necessidades que temos». Além de uma entrada com atendimento e secretaria, um gabinete para o presidente, dois espaços de reuniões (um para a Junta de Freguesia e outro para a Assembleia), o edifício vai contemplar, dentro em breve, uma biblioteca/ludoteca. A casa mortuária é contígua à nova sede, cujo espaço envolvente funciona como um jardim para a freguesia com uma zona de estar com bancos e mesas. Ontem, a chuva “empurrou” a população para o interior do recém-inaugurado edifício, benzido por António Coelho, padre da freguesia. O que antes era um problema, deixou de ser. «Falta de espaço aqui não há. Isso era na outra», ouviu-se, já depois de, à porta, os populares terem sido animados pela actuação dos Dixie Gringos-Jazz Band, formação de jazz tradicional.«Era um problema difícil. Tinha a ver com o local de implantação», destacou Carlos Encarnação, garantindo que o objectivo sempre foi «fazer todo o arranjo urbanístico e não fazer apenas uma sede para a Junta de Freguesia». «Do ponto de vista urbanístico, o arranjo está muito bom, mas também há que destacar o conjunto de valências», acrescentou o presidente da autarquia de Coimbra, antes de sublinhar que a obra «demorou o tempo necessário». Depois de considerar «o projecto bem feito, arejado, inovador, interessante e que transporta para a Junta de Freguesia do Ameal uma construção que não é habitual nas juntas», Carlos Encarnação falou numa obra que «a freguesia há muito tempo merecia». Sobre os 412 mil euros investidos, o autarca acha que «se gastou muito bem este dinheiro».
Encarnação“constrangido”com condições da anterior sede
Na hora dos discursos, a antiga sede da Junta de Freguesia do Ameal foi lembrada sem saudade. Jorge Mendes evocou a primeira deslocação de Carlos Encarnação ao local, cedido pela Comissão da Igreja de São Justo, onde funcionava a junta. «Foi numa visita que fez antes de ser presidente da Câmara, que se apercebeu das condições em que atendíamos na freguesia do Ameal».Carlos Encarnação também se referiu à mencionada “viagem”. «Quando me candidatei pela primeira vez, há sete anos, visitei todas as juntas que os presidentes me quiseram receber», recordou, antes de garantir: «Fiquei constrangido com as condições em que estava a sede da junta. Era uma situação impossível, inaceitável e logo começámos a conversar para alterar a situação».

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1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Bravo.

segunda-feira, setembro 29, 2008 5:03:00 da tarde

 

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